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Receitas para Cozinhar Fácil

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Compota de Amoras Silvestres



Das memórias da minha infância. Apanhar amoras silvestres no caminho mesmo ao lado da casa de aldeia dos meus avós. De estar calor e de as comer ainda quentes: uma na boca e outra na taça. De ter que ter cuidado para não cair na berma que era funda, e de ter tantas vezes nesta tarefa a ajuda da Judite, a minha amiga, vizinha da frente, mais velha do que eu, mas que eu adorava.
Os dias de verão que passava em S. Miguel de Poiares, davam direito a banhos nas água geladas das piscinas da Fraga, enquanto o meu avó, muitas vezes impaciente, lá esperava por mim até que acabasse os banhos e tivesse vontade de ir para casa. Tinha muitas vezes para o lanche, assim que chegava, as filhoses de água da minha avó, polvilhadas com açúcar e canela. As brincadeiras da “Ana de Cabelos Ruivos” na cozinha de cima da avó, que eu achava que era mesmo parecida com a dos desenhos animados. As idas a casa da Judite e da D. Beatriz – com a avó a ajudar a atravessar a estrada – para brincar. A casa era ao lado de uma serração o que me faz ainda hoje, sempre que cheiro madeira cortada, me lembrar desses dias, dessa casa e dessa serração que já não existem.
Os dias de verão em casa da avó, em que apanhávamos as amoras levavam-nos a fazer compota. (Ou será que não, e é apenas a minha memória que me atraiçoa neste ponto?) Isso não interessa…
As amoras silvestre lembram-me coisas felizes e pessoas de quem eu gosto muito. 
Esta compota é toda ela uma recordação. E esta é a minha versão (e da avó Cila).



Ingredientes para 4 frascos de 100 ml de capacidade:


500g de amoras silvestres
350g de açúcar


Preparação:


Num tacho coloque as amoras bem limpas e lavadas. Junte o açúcar e envolva bem, de modo a que o açúcar comece a cobrir as amoras.
Leve depois o tacho ao lume e deixe levantar fervura. Reduza depois para o mínimo e deixe cozinha em lume muito brando, até o doce atingir o ponto de estrada  – em que colocando um pouco da doce num pires e passando com a ponta de uma colher ou do dedo, esta abre uma “estrada” que não se une de imediato. Atenção para não deixar a compota passar do ponto e ficar rija e caramelizar.
Coloque depois a compota (ainda quente) em frascos de vidro previamente esterilizados (e de preferência também quentes) e tape de imediato. Vire-os depois de cabeça para baixo e deixe ficar assim cerca de 30 minutos para que criem um vácuo natural.
Etiquete a gosto e guarde-os depois num local fresco e seco até utilizar.


Bom Apetite!


Source: Para Cozinhar




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