Os figos que o avô me trouxe das suas férias em casa da Tia Tilita, já tinham o destino traçado ainda antes de chegarem ao seu destino. Uma compota!
Apesar de outras combinações deliciosos de saladas e afins me encherem as medidas, como figos e chévre, salada de figos e presunto, queijo com figos e muitas sobremesas como tarte de figo e mascarpone, a compota de figo era a minha prioridade. (Conto ainda com os figos dos sogros, mais tardios, para essas outras delícias!)
Os figos chegaram, deliciosos, doces e claro que guardei alguns para o Miguel e o Zé Maria que adoram comê-los ao natural. Quanto a mim, apesar de também gostar muito, estão agora proibidos a esta grávida com diabetes gestacional….
Dos sabores para complementar estes figos deliciosos, maduros e colhidos na altura certa, o vinho do porto e a canela. Uma combinação que me parece simples e perfeita, sem “danificar” o sabor dos figos, mas que os faz sobressair ainda mais.
Eu sei que há quem não goste muito de me ouvir falar disto nesta altura do ano, mas faltam (apenas) 125 dias para o Natal! E assim, as compotas começam a sair para os cabazes. (Será que este ano, com duas crianças pequenas haverá cabazes? Uma dúvida que irá persistir até aos dias que antecedem o Natal!)
Ingredientes para cerca de 6 frascos de 200ml de capacidade:
1,5 kg de figos (usei pingo de mel)
1 kg de açúcar
2 paus de canela
100ml de vinho do Porto
Preparação:
Lave os figos e corte-os em quartos. Coloque-os depois numa panela grande, onde tudo caiba à vontade, e acrescente o açúcar. Mexa bem, até o açúcar começar a dissolver-se com os figos.
Leve o tacho ao lume e deixe levantar fervura. Acrescente os paus de canela e o vinho do Porto e reduza o lume para o mínimo, deixando a compota cozinhar lentamente, reduzindo e engrossando. Quando a compota tiver atingido o ponto desejado, o chamado ponto de estrada – em que colocando um pouco da compota num pires e passando com a ponta de uma colher ou do dedo, esta abre uma “estrada” que não se une de imediato – a compota está pronta. Tenha apenas cuidado para não deixar a compota cozinhar demasiado, para que não caramelize e fica rija. (No meu caso a compota cozinhou cerca de 1h30 até atingir o ponto, mas poderá demorar um pouco mais ou um pouco menos.)
Coloque a compota ainda quente nos frascos de vidro previamente esterilizados (e de preferência também quentes) e tape de imediato. Vire-os depois de cabeça para baixo e deixe ficar assim cerca de 30 minutos para que criem um vácuo natural.
Etiquete a gosto e guarde-os depois num local fresco e seco até utilizar.
Há ínumeras e deliciosas maneiras de comer compota. A de figo é para mim excelente com queijo, especialmente queijos de sabores mais fortes, como o chévre ou até queijo da ilha, e juntamente com uma bolachinhas de água e sal, fazem umas “tapas” rápidas e deliciosas.
Bom Apetite!
Source: Para Cozinhar